26 de fev. de 2008

Siritícias! (ainda vou achar um título decente)


EUA: garçonete ganha cavalo de corrida como gorjeta

A. D. Carrol é viúva, trabalha como garçonete e ocasionalmente enfrenta problemas para manter as contas em dia, mas já recebeu boas gorjetas em seus muitos anos de profissão. Certa vez, no clube VIP de um aeroporto de San Francisco, um grupo de homens de negócios cujo vôo não pôde decolar deixou US$ 600 em gorjeta. Em uma churrascaria do Texas, também houve um dia em que um freguês satisfeito deixou uma caixinha de US$ 500.

Mas nada a havia preparado para a gorjeta que ganhou de um freguês regular do restaurante em que trabalha, em Houston. Depois de servir café ao freguês, conta Carrol, 71 anos, "ele me olhou e disse: 'você é uma boa pessoa'", ela relembra. "E me perguntou se eu queria um cavalo. Achei que ele estava brincando". Fonte: Terra

Mas o cavalo existia de verdade, e o Texas talvez seja um dos poucos lugares do mundo em que alguém seria capaz de dar um cavalo de presente, em lugar de apenas fornecer dicas de aposta sobre ele.

E não se tratava de um cavalo qualquer. O animal, um puro-sangue de corrida chamado Mailman Express, ganhou US$ 15 mil em prêmios nas pitas, mas estava "desgastado demais" para continuar correndo, conta o tratador do animal, Curley Linehan.

O responsável pela gorjeta de ouro - um empresário da construção civil e turfista do Texas que opera um estábulo com 50 cavalos - confirmou a história, sob a condição de que seu nome não fosse divulgado, porque ele não queria gerar a impressão de que estava tentando ganhar publicidade.

No domingo, Carrol foi de carro de sua casa, no subúrbio de Sugar Land, ao haras operado por seu benfeitor em Waller, cerca de 65 km a noroeste de Houston, para olhar não só os dentes como todo o resto de seu cavalo.

"Olha só! Ele é lindo! Lindo!", exclamou Carrol, enquanto o cavalo de 5 anos lhe era exibido. "Ele gosta de ser acariciado na cabeça?", ela perguntou a Linehan, que foi campeão de rodeio, enquanto começava a acariciar o cavalo, claramente satisfeito com o mimo.

"Viu como ele é bonito?", disse Carrol, como que para si mesma. Mesmo que os dias do cavalo nas pistas tenham acabado, ela disse que gostaria de "saltar com ele".

Ela recebeu o relatório de saúde do cavalo, sua licença de viagem e certificado de pedigree, que mostra que ele é filho de Secret Claim e Carshadon, e organizou as coisas para que um trailer apanhe o animal dentro de alguns dias.

É claro que, porque estamos no Texas, esse não é o primeiro ou único cavalo de Carrol. Ela já tem outros dois. Divide o aluguel mensal de US$ 600 de um estábulo com sua nora, e tem um segundo emprego no setor de bagagem da Continental Airlines a fim de ajudar a pagar as despesas dos cavalos, bem como de seus 16 gatos e três cachorros.

Mas ela não sabia bem como pagaria as despesas de ainda outro cavalo, especialmente um animal acostumado a tratamento refinado. "Estamos pensando em doá-lo ao estábulo, se eles permitirem que o cavalguemos de graça", disse.

Ela diz que não há truques especiais para obter gorjetas. "Preste atenção", aconselha, "e faça o que cliente precisa; não fique pensando no dinheiro".

A história que ela relata começou em 13 de fevereiro, no Ouisie's Table, um restaurante sulista que é considerado uma instituição em Houston, e no qual ela trabalha de quarta-feira a domingo há três anos (deixando as segundas e terças para o emprego no aeroporto).

A turma do almoço já havia saído quando entraram dois homens, um deles um cliente regular da casa. "Ele tomou duas xícaras de café", ela conta, antes de lhe oferecer o cavalo.

Carrol disse que inicialmente não levou a oferta a sério. "Mas dois dias mais tarde ele voltou e perguntou se eu ainda queria o cavalo, e eu respondi que sim".

Ela conta brincando que ele insistiu em que ela pagasse US$ 1 pelo animal, e que ela barganhou, exigindo que ele pagasse US$ 1 para que ela levasse o animal. O compromisso a que chegaram foi o de que ela levaria o cavalo de graça.

O turfista confirma a história. "Meu amigo e eu estávamos falando sobre cavalos de corrida, e ela parecia uma pessoa muito boa". Os cavalos de corrida aposentados muitas vezes são sacrificados, ele disse, e por isso estava contente em encontrar um bom lar para o animal.

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